O novo capítulo do desemprego

Uma pesquisa da Kantar, líder global em pesquisa de mercado, revelou que 44% dos brasileiros estão preocupados com o futuro. Este dado, apesar de figurar nos mais recentes estudos, não é bem uma novidade. Como já falei aqui no blog (Clique Aqui), o desemprego bateu números alarmantes neste ano, vem levando milhares de pessoas ao desalento, situação em que a pessoa desiste de procurar emprego, quando a esperança já não é mais suficiente.

Tenho lido muitas matérias, com dados cruéis. O subemprego, que tem salvado algumas famílias, traz a falsa sensação de uma retomada. Mas ela, de fato, está longe. Pessoal altamente qualificado tem aceitado vagas aquém de suas competências. Empresas oferecem salários inferiores aos praticados.

Veja os dados:

– O número de trabalhadores por conta própria subiu 1,4 em relação ao trimestre encerrado em fevereiro e bateu recorde.

– A população desalentada também bateu recorde.

Fonte: (Clique Aqui)

– Subutilização bate recorde e atinge 28,5 milhões de pessoas no Brasil. O indicador inclui a taxa de desocupação, a taxa de subocupação por insuficiência de horas e a taxa da força de trabalho potencial, pessoas que não estão em busca de emprego, mas que estariam disponíveis para trabalhar.

Fonte: (Clique Aqui)

Tudo isso nos prova que o assunto não é raso quando se fala em sair da crise e do desemprego. São muitos capítulos a mais e, infelizmente, as consequências estão aí para quem quiser ver.

O aumento do desemprego entre chefes de família tem provocado depressão, separações e crises familiares. O psicanalista Christan Dunker, professor da USP,  explica que “historicamente, o que se espera de um pai de família é que ele seja o provedor, traga mais dinheiro do que a esposa, mesmo que ela trabalhe. Com o desemprego, o pai de família se sente desvalorizado.

Tenho visto até mesmo no meu círculo de amigos isso acontecendo. O desemprego afeta emocionalmente as pessoas, mesmo aquelas que consigam um apoio familiar. A pessoa que não se sente mais útil cai em profunda tristeza, é muito difícil se levantar.

Agora me diz: Você está se sentindo seguro no Brasil de hoje? Com as doenças que são fruto de tamanha instabilidade? Depressão, síndrome do pânico, ansiedade… Você tem levado isso em conta quando olha para o cenário que estamos atravessando?

Inocência Manoel

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Um comentário em “O novo capítulo do desemprego

  1. Infelizmente é a realidade do nosso país . Tudo está muito parado, resistente e quem paga por isso tudo, é a população que cada vez mais está a caminho do subemprego que não é a melhor alternativa porém não há a opções de escolha momentânea. Pessoas que são altamente qualificadas foram também afetadas que por mais que tenha um currículo extremamente nobre, a questão da idade é um desafio que o nosso país tem que dar um “basta” porque quesito idade não significa “escolha” num sentido figurado porém conheço profissionais muito bem qualificados nas suas carreiras e passam por esta situação de desafios drásticos causados por uma política extremecida e mal consegue retornar ao mercado de trabalho e quando retorna, tem que aceitar um salário inferior aquele que tinha no último emprego. E os políticos atualmente no geral , não se importam com a população e isso faz com que o nosso país, fique num ranking negativo num contexto geral.

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