Arte além do entretenimento Por Inocência Manoel

A extinção do Ministério da Cultura e fusão com outras pastas, pelo futuro presidente, mobilizou secretários e dirigentes, que lançaram o manifesto “Fica, MinC”, na segunda-feira, dia 3/12.

A cultura, no Brasil, representa 2,7% do PIB e gera mais de um milhão de empregos diretos, em mais de 200 mil empresas públicas ou privadas.

E, se você não sabe exatamente qual a diferença que isso faz na vida cotidiana, além das séries que gostamos de maratonar na TV, precisa frequentar mais teatros, cinemas e exposições e entender a ação transformadora que eles geram nas pessoas.

A arte faz parte da nossa vida. Ela alimenta nosso espírito crítico, ela diverte, ela é um registro da própria história da humanidade.

A música, a dança, o teatro, a literatura, o cinema, as artes plásticas trazem para crianças, jovens e adultos a capacidade de interpretar, de ampliar a inteligência e a sua capacidade perceptiva, aplicáveis em qualquer área da vida. As artes são linguagens que complementam a linguagem verbal. Muitas vezes, quando você não sabe o que dizer, a música diz. A dança diz. Aquela pintura ali na parede? Ela diz tudo.

Além disso, a arte é ferramenta de resgate social para milhares de jovens no mundo. Por meio dela, a periferia expressa sua voz. O acesso à cultura eleva a autoestima de jovens de baixa renda, dá a oportunidade de mudança de vida, reduz as taxas de violência e aumenta a busca por formação superior. E a educação sempre será o melhor escudo contra a criminalidade.

No trabalho, tenho notado a importância de repertório cultural para os meus colaboradores. Trabalho diretamente com criação, estamos sempre lançando produtos, campanhas, novidades. E, quando se fala em criação, faz toda a diferença ter bagagem cultural para desenvolver essas atividades. São essas “memórias culturais” que vão servir de recurso na hora de criar. Aquele livro que você leu, aquele show, aquela peça. Todos eles ficam armazenados na nossa memória esperando uma oportunidade de transformar-se em algo mais.

Sempre criei assim, porque meu horizonte é vasto. E, se eu pudesse dar uma dica a você hoje, seria: “vá ao teatro, leia, atualize a sua cultura”. Você será um profissional e um ser humano melhor.

Espero que, assim, mais gerações valorizem as artes e os artistas. Para que não tenhamos que implorar aos nossos governantes que olhem para a cultura como ela realmente deve ser vista.

 

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