O fruto do nosso ventre

A data de hoje marca algumas décadas do meu parto, feito pelo Dr. Salim no antigo Hospital Sorocabana, na cidade de Assis, no interior de São Paulo.
Foi ali que escolhi ter o meu único filho.

Quando saí da maternidade, carregava um bebê, 55 pontos de cesárea e o preconceito de uma cidade por não ter o estado civil que a sociedade me cobraria a vida inteira.

Se fui mãe solo, nunca estive sozinha. Uma rede de apoio feminina me deu todo o suporte necessário para enfrentar os olhares, questionamentos e condenação por minha opção.

Hoje comemoro o dia em que tive um filho. Parabéns, Alexandre. A você e a todas as mulheres de nossas vidas: Elza, Helena, Cecília, Zene, Bina, Silvana, Jandira Baldani, Ana Maria, Dona Maria foram parceiras e o suporte emocional que me amparavam enquanto precisava trabalhar – inclusive para pagar meu parto, sozinha.

Foram elas, as mulheres da minha vida, que embalaram você, nossos sonhos e a quem também devemos agradecer.

Para aqueles que me julgaram ou que por um momento possam ter nos condenado, para a mesma sociedade que tanto me adjetivou por meu caminho, trouxe à vida um homem que me enche de orgulho.

Trabalhador, responsável, empresário que gera tantos empregos, pai honrado de uma família, um ótimo marido e um pai maravilhoso para o meu neto. Feliz aniversário!

Eu celebro este dia tão especial, pelo que ele significou para todos nós. E hoje vejo que aqueles que me apedrejaram por ter escolhido seguir em frente, com você no meu colo e de cabeça erguida, estão sentados em suas casas enquanto eu continuo não aceitando os padrões de quem quer me fazer parar.

Inocência Manoel

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