Como 12 empresárias de beleza feminina encontraram financiamento para suas marcas

Em 2018, eu fui entrevistada pela plataforma americana Popsugar sobre como 12 empresárias de beleza feminina encontraram financiamento para suas marcas.

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Ao lado de líderes como Wende Zomnir, da Urban Decay, naquela entrevista contei como enfrentamos muitos obstáculos financeiros quando fundamos a Inoar Cosméticos. De lá pra cá, pouca coisa mudou. Bancos não fornecem capital sem garantias e, na época que comecei a criar os primeiros produtos, poucas pessoas acreditavam que isso viraria um negócio.

Antes de ter uma fábrica, eu comprava materiais para fazer apenas 5 litros de produto – não havia dinheiro para mais nada. Fazia na cozinha da minha casa! Eu vendia 1 litro para pagar meu transporte e o resto eu dividia em amostras que deixava para os clientes experimentarem. Eu dava treinamento do produto durante os fins de semana e assim ia conquistando os clientes. Demorou, mas consegui juntar dinheiro dessa forma para aumentar a produção. Comecei com um liquidificador, depois tinha 10. Até conseguir comprar a primeira fábrica.

Aqui neste canal, conto que comecei muito nova, fracassei algumas vezes, mas consegui realizar meu sonho aos 55 anos de idade. Isso porque eu não desisti nunca. Quando me perguntam como foi o processo para levantar fundos, eu digo que não houve um processo. Eu e meu filho, Alexandre Nascimento Manoel Aroza, trabalhávamos de segunda a segunda, até de madrugada, para levantar dinheiro.

Como muitos empreendedores, nosso negócio era informal no início. Depois conseguimos uma fábrica para terceirizar a produção, que ainda era mínima. Para juntar esse dinheiro levou 6 anos. Depois começamos a vender com mais volume, e colocamos um anúncio com a minha foto, meu telefone em uma revista de grande circulação (não havia dinheiro para produzir um anúncio).

Na entrevista que dei para a Popsugar, contei também como foi a minha vida antes da indústria da beleza. Eu estudava Letras na Unesp (Universidade Estadual Paulista) de Assis. E cortava o cabelo de todos os alunos e professores. Além disso, eu customizava roupas para vender nos intervalos. Fazia bolsas de couro. Eu desenhava modelos diferentes de blusas, transformava roupas, fazia arranjos nos cabelos, ou seja, já era uma empreendedora nata.

Quando me perguntaram quais eram os produtos que me davam mais orgulho nesta jornada, respondi que os formulados com ácido glioxílico são motivo de muito orgulho para mim. Isso porque a descoberta deste princípio ativo (com função alisante para os cabelos) revolucionou o mundo dos cosméticos capilares. O fato de a Inoar ser uma referência no mundo científico é algo gratificante. No Brasil, mudamos a forma de fazer produtos, embalagens, e até a forma de anunciar. Isso tudo é motivo de orgulho.

Voltarei a falar disso em breve, pois uma nova entrevista que acabei de dar terá como foco essa inovação. Fiquem de olho.

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