
A beleza será cada vez mais valorizada num mundo que parece se desconstruir (para construir outro melhor?). Aqui está se falando da beleza no sentido mais amplo: a beleza da vida. Entender-se como parte de um ecossistema complexo e de delicado equilíbrio é o primeiro passo para adquirir hábitos sustentáveis e de respeito a todas as formas de vida.
A indústria de higiene e cosméticos têm grandes desafios pela frente no desenvolvimento de produtos sustentáveis, naturais e de alta performance, inclusive para adotar ou se inserir nas metas da Agenda 2030 da ONU.
Os consumidores buscarão cada vez mais por produtos engajados, comprometidos com a preservação do meio ambiente, sem testes ou ingredientes animais, parabenos, entre outros. Há um consenso sobre as mudanças de comportamento diante da Covid-19 que impactaram fortemente à higiene e limpeza, principalmente da pele. No caso das mãos, as profilaxias exigidas (lavagem constante e uso de álcool gel quando se está fora de casa) causaram ressecamento e sensibilização da pele, problemas que a indústria já ofertava algumas soluções, mas está desenvolvendo outros produtos para maior hidratação, mantendo à barreira hídrica e aumentando à proteção.
Os consumidores também buscarão marcas seguras em cosméticos e produtos naturais. Há uma tendência de estudos, e alguns produtos já desenvolvidos e disponíveis no mercado cosmético, atentos ao microbioma da pele. Tais produtos buscam potencializar as bactérias benéficas – com a função de proteger o corpo de doenças e microrganismos patogênicos.

E com a perspectiva de uso de máscara para evitar o contágio da doença até, pelo menos, 2021 à indústria cosmética está apostando em maquiagem para olhos, (sombras, máscara para cílios, lápis para olhos e sobrancelhas, delineador etc.). Certamente os asiáticos largam na frente, pois há muito usam máscaras devido a poluição, no caso da China e Japão, mas também todos os países islâmicos onde culturalmente às mulheres cobrem o rosto e cabelos, deixando apenas os olhos à mostra.
Muitas pessoas, mundo afora, assumiram os cabelos brancos. As razões são muitas: envelhecimento da população, estilo ou mesmo porque durante a pandemia os salões estavam fechados e grande maioria não sabe pintar o cabelo em casa. As razões são muitas. E neste caso tende a intensificar à produção de colorações mais naturais, ainda que com menor durabilidade. Uma tendência entre públicos jovens e/ou mais “descolados”, mais abertos às mudanças, que preferem variar cores (inclusive o branco e cinza), mas sem abrir mãos do saudável.
A oferta de produtos orgânicos, veganos e naturais são os preferidos do consumidor para shampoo, sabonetes e condicionadores, segundo estudos de mercado da Nielsen, como mostra gráfico abaixo.

E no caso de produtos veganos, orgânicos, livres de parabenos, cruelty free, tenho que dizer que a INOAR tem investindo muito em pesquisa e desenvolvimento não somente para atender sua exigente clientela, mas principalmente porque é signatária do Pacto Global, como tenho dito e insistido em textos, entrevistas e debates. Penso ser importante os diferentes segmentos da indústria, e outros setores, se engaiarem nas metas do milênio.
Na sequencia, embora muitos já conheçam, mostro um pedacinho dessa linha.
Uma semana de muita inovação, e também de renovação de nossas esperanças.
Inocência Manoel.